quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Novo IPI sobre veículos importados vale a partir do dia 15 de dezembro

Os próximos dias serão os últimos antes do aumento do IPI, para aquisição de carros importados. Fábricas e concessionárias do setor estudam alternativas para evitar o repasse total aos consumidores e estratégias para conquistá-los em 2012.

BMW X1 ainda pode ser encontrado com preços antigos

Depois de muita agitação no mercado de fabricação, compra e venda de veículos importados, entrará em vigor no dia 15 de dezembro a medida que eleva em 30% o valor do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e caminhões importados, que utilizam menos de 65% de conteúdo nacional na fabricação. Com apenas duas semanas até o início da cobrança, concessionárias já constatam um novo significativo aumento na procura pelos modelos importados, movimento que já havia ocorrido nos dias que seguiram o anúncio da medida.

Tudo porque até o dia 15 ainda é possível adquirir carros, inclusive nas versões 2012, com os valores de venda atuais. Na Euro Import, concessionária que representa as marcas MINI Cooper, Land Rover, Volvo e BMW no Paraná, os clientes ainda encontram lançamentos como o MINI Cooper Coupé, o Volvo S60, o BMW X1 e o Range Rover Evoque, pelos valores de venda sem repasse do IPI. “Temos disponíveis unidades de todos os carros da série com uma boa variedade de modelos, cores e acessórios”, afirma a gerente da Euro Import MINI em Curitiba, Cristiane Dala Valle.


Alternativas para reduzir o impacto
A determinação elevará o IPI, que atualmente varia entre 7% e 25%, para percentuais entre 37% e 55%, o que inevitavelmente provocará um aumento no valor dos veículos. No entanto, fábricas, montadoras e concessionárias de carros importados estudam atualmente medidas e ações para evitar que todo o aumento seja repassado ao consumidor.

Marcas estrangeiras passaram inclusive a analisar a possibilidade da criação de fábricas no Brasil e, para reduzir o impacto sobre o preço de venda, já são aplicadas pelas concessionárias medidas como a redução de custos e o corte de despesas extras. “O setor, sem dúvidas, está se adaptando e encontrando maneiras e não perder a competitividade”, explica o diretor da Euro Import, Ricardo Cunha Pereira. Entretanto, até o momento a grande maioria das revendedoras de automóveis importados ainda não definiu qual será o impacto da medida governamental sobre os preços de venda dos veículos. “Devemos chegar aos novos valores em breve, mas independentemente disso, estamos focando para em 2012 reforçar junto ao consumidor a qualidade dos produtos com os quais trabalhamos e seus diferenciais frente às marcas nacionais. Acreditamos que a conquista do consumidor do veículo importado passa mais pela esfera dos benefícios do que do preço”, avalia Cunha Pereira.

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