A SEAT desbancou o favoritismo da BMW e conquistou a vitória nas duas provas que abriram a temporada-2008 do WTCC – Campeonato Mundial de Turismo ocorrida em 02/03/08, no Autódromo Internacional de Curitiba. Nem mesmo o calor de 28 graus, que na teoria deveria favorecer os motores aspirados da fábrica alemã, foi capaz de reduzir a força dos turbodiesel espanhóis. O francês Yvan Muller ganhou a primeira bateria, enquanto o italiano Gabriele Tarquini, que completava 46 anos, venceu a segunda. Esperança da torcida brasileira, o paranaense Augusto Farfus fez um 3º e um 6º lugares, mas foi desclassificado, devido a um suporte da fixação da proteção do motor, estar fora do regulamento.
O excelente público – 43 mil pessoas passaram pelo autódromo no fim de semana e contribuíram com 52 toneladas de alimentos que serãoforam destinadas a entidades carentes pelo Instituto Pró-Cidadania de Curitiba – assistiu a duas provas movimentadas e marcadas por toques e acidentes sem maiores conseqüências. Na primeira, os SEAT Leon TDI garantiram a dobradinha com Yvan Muller e o sueco Rickard Rydell, deixando à BMW 320si o consolo do último degrau do pódio. A prova de fundo foi dominada por Tarquini, 6º na primeira bateria e terceiro no grid revertido da segunda.“Eu não esperava manter a posição pela corrida toda por causa da temperatura alta”, afirmou Muller, que partira da pole position ao lado de Rydell. “Os tempos de volta da BMW mostraram que eles estavam muito rápidos, o que me obrigou a andar no limite desde o início. Não foi fácil, porque o menor erro poderia colocar tudo a perder”, explicou o francês, que conseguiu o objetivo de pontuar na segunda corrida – terminou em 5º - e deixar a cidade na liderança do campeonato.
O veterano Tarquini não escondia a felicidade com a vitória. “Estou muito velho. Nem lembro qual é a minha idade”, divertiu-se, respondendo a uma pergunta na entrevista com os jornalistas depois do pódio. “Foi o melhor presente que eu poderia me dar. Atrás de mim tinham muitos pilotos colocando pressão, mas os ajustes que fizemos no acerto para a segunda prova deram certo. Larguei bem, aproveitando a força do turbodiesel, e consegui tomar à ponta apesar de o asfalto não estar com a aderência ideal. Depois, procurei não cometer erros. Tanto que o Andy (Priaulx) não teve qualquer chance de ultrapassar”, observou.
Dono de um currículo que inclui 37 corridas na Fórmula 1 no fim da década de 80 sobre cadeiras elétricas como Osella, Coloni, AGS e Fondmetal, Tarquini não consegue se ver longe das pistas. “Muita gente me pergunta quando vou parar. Nem penso nisso, porque ainda me sinto fisicamente bem e motivado para continuar fazendo o que gosto”, avisou Tarquini, que alcançou a quinta vitória no WTCC desde a estréia da categoria em 2005. Ele reconheceu que a BMW merecia mesmo a maioria das apostas, uma vez que dominara sem grandes dificuldades a etapa brasileira no ano passado. “Visto por esse lado, os resultados de hoje foram surpreendentes. Mas o motor turbodiesel melhorou muito e se dá muito bem em retas longas como esta daqui. Em outras pistas com essas características, como Monza e Macau, a tendência deverá ser a mesma”, avisou.
Texto: Divulgação/MF2/Mário Fonseca
Fotos: Camilo Fontana
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